ISLÂNDIA: um país desconhecido que não sai mais do meu coração.
- Islândia
- Thatiany Guimarães Teixeira
Vamos começar bem “do começo”. A Islândia não é uma ilha 100% coberta pelo gelo e, muito menos, pela paisagem lunar. Paralelamente a isso, existem grande fiordes, fazendas intermináveis, vales esculpidos pelas geleiras, gêiseres, vulcões e o frio desértico em um interior praticamente desabitado.
É um país nórdico insular situado no oceano Atlântico Norte, bem novinho se formos levar em conta os termos geológicos e localizado sobre montanhas submarinas gigantescas de 18 mil quilômetros de comprimento, no meio das duas maiores placas tectônicas do mundo, formando uma falha no centro da Islândia e cortando o país de norte a sul.
Do tamanho da Inglaterra, o país possui 22 vulcões ativos, 250 áreas geotermais, 780 fontes quentes e a terceira maior geleira do mundo (depois da Antártica e da Groenlândia).
Você sabia que ao ligar qualquer chuveiro a água quente natural sairá instantaneamente? Todo esse aquecimento natural é utilizado para prover eletricidade barata e limpa, aquecer piscinas e derreter o gelo das calçadas de Reykjavík no inverno. Podemos beber a água fria que sai da torneira, mas nunca beba a quente, pois ela pode dar diarreia.
QUEM DEVE CONHECER?
Não é qualquer pessoa que ficaria feliz no país. Recomendo para amantes da natureza e aventureiros. Não espere agito e saiba que não podemos comprar bebida alcoólica em qualquer estabelecimento e, muito menos, sair bebendo pelas ruas.
QUANDO IR?
Qualquer época é época, dependendo do que você quer fazer. De maio até o começo de setembro (verão) é possível circular por toda a ilha e conhecer todos os atrativos. No inverno, período que chove menos, conseguimos visitar os túneis de gelo e caçar a aurora boreal. *Esta foi a única frustração do nosso grupo.
O QUE FAZER?
GOLDEN CIRCLE
O ponto de partida de quase tudo na Islândia é Reykjavík, a capital, e o passeio mais comum é o Golden Circle (Círculo de Ouro) a 50km da capital e pode ser feito em um único dia, através de um tour programado, alugando um carro ou de carona, mas este último não me agrada muito, porque o país não tem muita gente.
São 3 pontos turísticos importantes: a cachoeira Gullfoss, a região geotermal de Geysir (é por causa desse lugar que todos os outros gêiseres do mundo são chamados assim) e o Parque Nacional Þingvellir, onde o primeiro parlamento islandês se reuniu no ano 930.
OESTE
Foi uma região que não visitamos, mas a Península Snæfellsnes é conhecida por ser ótimo para avistar baleias, fazer passeios na geleira e tem um litoral lindíssimo. A região menos habitada da Islândia, os Fiordes do Oeste, com penhascos à beira-mar cheios de pássaros e pitorescos vilarejos, é pouco procurada pelos turistas.
SUL
Região desenhada e cheia de atrações, podendo ser feita de carro. Landmannalaugar, Þórsmörk e Skaftafell são áreas supremas de caminhada ecológica. Os abismos à beira-mar das Ilhas Vestmannaeyjar são excelentes para ver puffin (papagaio-do-mar, característico do país e maravilhoso. Ele pode ser comprado como souvenir em lojinhas pelo país.), e Heimaey, a ilha principal, tem metade de sua área coberta por lava de uma erupção devastadora que ocorreu em 1973. A cidade de Vík possui locais de caminhada na beirada dos abismos e praias de areia negra. Mais ao leste fica Jökulsárlón, um lago de icebergs desprendidos de uma geleira.
LESTE
Vatnajökull é o ponto principal do sudeste da Islândia. Onde são feitos os passeios pela maior geleira da Europa e saem da cidade vizinha de Höfn. Mais ao norte, Egilsstaðir é o polo de negócios e transporte da região. Barcos para o resto da Europa saem do porto de Seyðisfjörður, a cidade mais bonita dos Fiordes do Leste.
QUANTO LEVAR?
Você já fez uma viagem cara? A Islândia é o dobro! Leve, em média, EUR150 por dia para comer. Isso mesmo: comer! A moeda é trocada nos bancos oficiais da capital e é impossível fazer câmbio nos hotéis.
ALGUNS INFORMAÇÕES IMPORTANTES:
Não se paga pedágio nas estradas (apenas nos túneis e é um único pedágio de ida e volta).
A maioria das atrações é gratuita por ser natural, mas o país já estuda uma forma de controlar a quantidade de turistas.
Não tenha medo da comida, como nós tivemos. Come-se muuuuuuito bem, mas muuuuuuuuuuuuuuuuuito caro! Há comidas herdadas pelos Vikings, mas apenas os turistas comem, como o tubarão podre. O nosso amigo Leonardo fez a degustação.
O povo é gentil e muito culto.
Várias bandas conhecidas saíram de lá.
Clima é muito variável e quase sempre chove. Então leve uma capa de chuva. Os guarda-chuvas são desnecessários, pois quebram e voam.
Se você for dirigir tenha cuidado porque no mapa as estradas são quase todas iguais. Verifique sempre se é 'paved' (asfaltada) ou 'gravel' (cascalho). Quase não se veem pessoas nas estradas. O que dificulta caso você queira uma ajuda ou informação.
Catástrofes naturais não são raras.
Leve um tapa-olhos para dormir no verão. A noite fica praticamente dia o tempo todo.
Não acredite na cobertura de celular. O meu celular ficou fora de área o tempo todo. Se tiver necessidade, compre um SIM card.
VOCÊ GOSTA DE COISAS DIFERENTES? A Islândia permite uma experiência única no mundo: o mergulho entre as placas tectônicas no lago Þingvallavatn. Localizadas na fenda de Silfra, estão a apenas 25 metros de profundidade.
Um dos integrantes do nosso grupo fez o mergulho e falou um pouco sobre a experiência. "E se perguntarem por mim, é só dizer que eu tô ali tentando ser feliz (clichê pra caralho kkkkkkkk)...
Hoje foi o fatídico dia do mergulho em Silfra, entre placas tectônicas. Apesar dos contratempos que tive, e não foram poucos, hoje fui lá e fiz. Venci o frio, venci as dificuldades, venci o desconhecido. Fiz um mergulho bastante único no mundo, mergulhei entre placas tectônicas, placa América do Norte de um lado, placa Euroasiática do outro.
O azul desse mergulho é um negócio embriagante, mal deixa você lembrar que está mergulhando numa água que, mais um pouco, viraria gelo. A visibilidade vai além de onde o olho consegue ver. Meu computador de mergulho registrou 3°C de temperatura. Nessa temperatura, sem proteção adequada, um ser humano não duraria muito mais de 20 minutos.
Hoje ninguém tira o sorriso do meu rosto, ninguém me tira essa conquista. Mesmo se algum dia as imagens e vídeos da GoPro se forem, ninguém tirará de mim as lembranças e as sensações de ter ido lá, encarado o desafio e ter vencido!" Leonardo Rodrigues Magalhães
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