França...muito além de Paris!
- França
- Januária Harakawa
Antes de viajar, penso: será que encontrarei alguns dos estereótipos e clichês que habitam minha mente em relação ao lugar e seus habitantes?
Com este espírito futricas, fui à França para um roteiro que incluía a região da Alsácia.
Sobre a França carregava os clichês clássicos (expressão clichê 1 deste depoimento): boina (que não vi ninguém usando), baguetes (que em grande número trouxe para o Brasil em forma de gordura nos quadris) e franceses mau humorados (que não vi, juro, nenhum).
Já sobre a região da Alsácia, confesso, que para mim era só um lugar que tinha uma Lorena junto.
Ao desembarcar com minha mala de rodinhas, descobri, graças a guias e amigas cultas, que a região foi a menina dos olhos (clichê 2 do texto) de Napoleão. E não é que aquele baixinho sabia das coisas!
Meu encantamento começou nas estradas, interrompidas de forma graciosa, por pequenas cidades e vilarejos com nomes cheios de consoantes, que só os alemães podem pronunciar. Tal sopa de letrinhas deve-se ao fato de serem as cidades da região colonizadas por uma grande parte de descendentes de germanos. Portanto, um estereótipo foi para o espaço, o de que a região não teria cerveja boa. Lá tinha vinho e cerveja que davam vontade de escovar os dentes com elas.
Outra preciosidade do caminho, os parreirais. Confesso um crime, comi fruta “roubada” do pé e descobri que as uvas eram mais doces do que ponche de Natal na casa da tia.
Mas a grande pérola (clichê 3) da região, pelo menos para mim, foi a cidade de Colmar.
Imaginem andar por ruelas, que mal cabem o seu pensamento, e descobrir que o Voltaire morou lá! Ouvir os sinos às dez da noite da belíssima catedral e imaginar-se na época em que os cascos dos cavalos lhe fizessem pensar: que trânsito! E ir na primavera... Flores, flores e flores. Me senti com pétalas.
O melhor de tudo é passear na Idade Média e chegar em um hotel com chuveiro quente e wifi, afinal ir com Turismo pelo Mundo tem seu preço, mas vale cada tostão gasto.
Acesse o nosso post O que não fazer em Paris.