Saímos de Veneza em direção a Cinque Terre, que são cinco vilarejos, tombados pela Unesco e revelados ao mundo pouco tempo atrás. Estão encravados na costa da Ligúria, uma região do noroeste da Itália com 1,7 milhão de habitantes, cuja capital é Gênova. Tem limites ao sul com o mar da Ligúria, a oeste com a França e a leste com a Toscana.
Era um sonho conhecer essa região, que, infelizmente, muitas pessoas nunca ouviram falar.
Nós “montamos acampamento” por 3 dias em La Spezia. Foi a melhor opção, pois queríamos conhecer outros balneários ali por perto.
Distâncias até La Spezia para saber como encaixar a região na sua viagem: Pisa (85 km) | Gênova (112 km) | Florença (150 km) | Milão (220 km) | Veneza (410 km) | Roma (427 km).
Como vínhamos de Veneza e tínhamos traslado, o transporte não foi um problema. Por sinal, foi extremamente agradável, pois nos proporcionou a parada em Verona para um passeio e almoço. Caso não queira investir em uma viagem com motorista (que foi o nosso caso, porque estávamos em 7 pessoas e achamos muito mais cômodo), você pode escolher a viagem de trem ou mesmo alugar um carro para andar pela Itália.
COMO CAMINHAR ENTRE AS TERRES?
De trem, a pé ou de barco:
- O trajeto de trem dura 29 minutos, parando em todas as cidades, entre La Spezia e Monterosso (e a viagem direta dura 15 minutos). Não é uma viagem com vistas maravilhosas, pois o trem vai por dentro da montanha. Eu só indico fazer de trem para cortar caminho, num percurso de ida ou volta quando se faz o trecho de barco ou a pé (através das trilhas).
O trem é barato e fácil, mas não temos a imagem de cartão postal que o barco nos dá. Bom, eu só indico se você quiser economizar mesmo e não se importar com a beleza natural. Outro ponto importante é a pontualidade que não existe. Há atrasos de até 15 minutos. Acredito que durante uma viagem de férias isto não seja um grande problema.
- Eu optei em fazer de barco por causa da vista, mas não pode ser feito durante o ano todo. O barco não é turístico e é usado como meio de transporte entre os locais, por isso não espere parar no meio do mar para dar um mergulho e muito menos que ele se preocupe com os melhores ângulos para a sua foto.
O passeio pode durar quanto tempo quiser, afinal a parada nos vilarejos é por conta própria. Podemos descer em cada uma das Terres e, com o mesmo ticket, pegamos o próximo barco. Indico ficar atento aos horários. Não é como o trem, que tem disponibilidade o dia todo. A única desvantagem é o preço. Custa 3 vezes mais que o ticket de trem e, se tiver muito frio ou o mar movimentado, o passeio pode não ser agradável. Nós fizemos em abril e estava frio, mas o dia maravilhoso e valeu muito a pena. Eu indico!! Fomos de barco e voltamos com o nosso traslado. Combinação perfeita!!
- Outra forma de passear pela região, mas não passei nem perto, é a pé. No nosso caso não era possível, porque tínhamos criança e idosos no grupo. Vários trechos estão fechados devido aos deslizamentos de terra constantes, mas há rotas alternativas para os adeptos do trekking. É extremamente importante o uso de um bom tênis, boné, protetor solar e consumo de água.
O QUE FAZER?
- Conhecer Monterosso al Mare: é a maior e mais povoada das cinco Terres. As praias são extensas e é aqui que começa uma trilha pela montanha que leva até Vernazza, onde estão localizados alguns vinhedos.
- Vernazza é a segunda maior e a mais interessante. Onde se produz o vinho Vernaccia e possui um pequeno porto. Durante o verão, os banhistas enchem a praia calma. Em julho acontece a festa de Santa Margherita di Antiochia, com banquetes e fogos de artifício.
- Corniglia é a menor de todas as vilas, fica no centro das cinco e não está encostada no mar. Está situada a 100 metros de altura do mar e para chegar podemos escolher entre a bela subida chamada “Lardarina”, com 377 degraus ou o funicular.
- Manarola é a mais antiga de todas as terras e é famosa pelo vinho “Sciacchetrà”, muito apreciado e reconhecido localmente. Visitar a igreja de San Lorenzo, de 1338, é importante. Agosto tem o dia do patrono comemorado com procissões ao redor da vila. Manarola conecta-se com Riomaggiore por um caminho lindíssimo, conhecido como a Via dell’amore.
- Riomaggiore está conectada com Manarola pela Via dell’amore e com La Spezia, que não faz parte do Parque Nacional, pela via férrea. Caso Riomaggiore seja sua última escala, fique até o pôr do sol. Há cafés e bares para aproveitar o momento.
- Saindo de La Spezia podemos usufruir de dias maravilhosos em Portofino e Portovenere, que são lindas. Entre abril e novembro, é possível fazer passeios de barco a ilhotas próximas.
Nos hospedamos no NH La Spezia e foi o melhor hotel de toda a viagem. Clean, novinho, com café da manhã incrível, staffs atenciosos e o apartamento muito legal.
ONDE COMER E BEBER?
Il Ristorantino di Bayon (600m do hotel) ***
La Taverna del Metallo (800m do hotel e com boas cervejas)***
Ristorante Il Bastione (400m do hotel)***
La Posta (perto do hotel) ***
La Lanterna (perto do hotel) ***
Dai Pescatori (perto do hotel)
Importante:
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